As esculturas gregas e romanas têm sido admiradas por milhões de pessoas ao longo dos anos, no entanto, um fato que poucos sabem é que algumas delas tinham cores vibrantes, e hoje alguns cientistas e artistas estão procurando devolver a elas as cores que tinham há milhares de anos atrás.
Tecnologia que revela a magia da antiguidade
A restauração de antigas obras de arte é uma disciplina que requer muitos anos de estudo, disciplina e trabalho, a fim de dar uma nova vida a essas obras antigas. No
entanto, a grande diferença entre os materiais utilizados para a sua criação na antiguidade, bem como as técnicas utilizadas para a sua fabricação, por vezes torna difícil retornar essas peças de arte à sua beleza original. Na atualidade, existem algumas estátuas incríveis feitas com técnicas modernas e materiais fáceis de obter. No entanto, as antigas estátuas gregas e romanas que adornavam lugares como o Pártenon foram feitas com materiais que atualmente não são fáceis de encontrar, e feitos com técnicas e tecnologias que foram perdidas ao longo do tempo, ou das quais
há poucos registros protegidos e ainda menos artesãos que os dominam. É neste ponto que a tecnologia atual, como o uso de luz ultravioleta, nos permite descobrir padrões de pinceladas, bem como os restos dos materiais utilizados para a criação de cores e pinturas na antiguidade, a fim de descobrir quais eram as cores originais usadas para decorar essas esculturas, e como elas pareciam no seu máximo esplendor. Dessa forma, embora as cores usadas para enfeitar essas esculturas tenham desaparecido há muito tempo, os materiais usados para criar essas cores, como pigmentos derivados de animais ou plantas, bem como pedras ou conchas coloridas, conservam a mesma aparência, apesar da passagem do tempo.
Cores e esculturas inspiradoras
Como mostra o site Terra, as cores das estátuas gregas foram esquecidas, devido ao foco que foi colocado nas obras de artistas como Michelangelo, que trabalhava o
mármore sem lhe dar cor. No entanto, o arqueólogo alemão Vinzenz Brinkmann dedicou décadas de seu trabalho para descobrir as cores originais das antigas esculturas gregas, usando lâmpadas de alta intensidade e luz ultravioleta, para que pudéssemos apreciar hoje como as mesmas seriam apreciadas quando exibiam seu máximo esplendor. Essas esculturas e a rica história que existe por trás delas têm sido uma fonte de inspiração para múltiplos itens contemporâneos, que denotam a estética clássica dessas estátuas. Atualmente, é possível encontrá-la em jogos como o Gladiators Gold, da Betway Casino, onde a decoração, o ambiente e a beleza deste período greco-romano são a principal inspiração. Essa estética tem se mantido relevante em vários aspectos, já que é comum encontrá-la em peças de decoração, e até filmes de Hollywood inspirados na beleza daquele período, como o filme do ano 2000, que foi indicado para 12 Oscars, Gladiador, que está disponível na Netflix. A beleza e estética colocadas nas cores, desenhos e esculturas dos antigos gregos e romanos são, sem dúvida, parte das mais importantes descobertas arqueológicas da história. Mesmo séculos depois de terem sido criados, eles ainda são uma fonte de inspiração no presente, e é fácil observara influência em diferentes contextos como os mencionados anteriormente. O uso de técnicas especializadas para a criação de esculturas, pinturas e estruturas daquele período é algo que ainda fascina os cientistas e artistas de hoje, que buscam reproduzi-los em seus modernos laboratórios e oficinas.
Artesãos e alquimistas contemporâneos
Como explicado acima, os materiais usados para colorir as esculturas da antiguidade são muito diferentes daqueles usados hoje. Isto porque, ao contrário dos produtos animais e vegetais utilizados para a criação de cores há centenas de anos, os pigmentos utilizados e comercializados na atualidade são fabricados a partir de compostos plásticos e químicos, que são completamente diferentes daqueles da antiguidade. Como mostra o site do Observador, Pedro da Costa Felgueiras é um artista e moderno alquimista português, que já tem mais de 30 anos dedicados a criar pinturas, tintas e cores, usando as mesmas técnicas, métodos e materiais que os antigos artistas utilizavam há centenas de anos. Usando pigmentos que vêm das profundezas da terra, bem como de plantas e animais, o artista nascido em Lisboa, já leva mais de 30 anos vivendo e trabalhando em Londres, cidade que ainda opera como um ponto estratégico para que comerciantes, artistas e restauradores, façam negócios dia após dia. Da mistura de pigmentos de moluscos, insetos ou plantas difíceis de obter, com agentes que os mantêm juntos, como óleo, leite, ovos ou resina, é como os alquimistas modernos criam as cores antigas que deram vida às criações que surpreenderam milhões de pessoas durante séculos. No caso deste alquimista moderno, o retorno às suas raízes voltando a morar em Portugal lhe permitirá continuar a viver com mais calma e dedicação à sua arte.
Renovar às estátuas da antiguidade, revelando suas cores originais, é uma tarefa difícil, que exige muita especialização e o uso das tecnologias mais avançadas da atualidade, a fim de recriar a receita original das pinturas utilizadas há vários séculos, para “cozinhar” as cores originais. A partir do uso das melhores ferramentas tecnológicas atuais é possível descobrir quais são as combinações de cores que deram vida às antigas esculturas e edificações, para depois recriar as cores com as técnicas e matérias-primas que os antigos artistas utilizavam. Dessa forma os alquimistas modernos podem restaurar fielmente as obras e esculturas que impressionam (e impressionaram) milhões de pessoas em todo o mundo.