A expressão ‘déjà vu‘ acabou se tornando extremamente popular alguns anos atrás. Tudo porque algumas pessoas começaram a relatar momentos e experiências que, na verdade, nunca passaram antes. A palavra, que tem origem francesa, pode ser pronunciada e entendida como ‘Déjà vi‘ e consiste em uma sensação estranha e incômoda de que aquele momento exato que você está passando já aconteceu antes.
Todos acabam passando por isso em algum momento de suas vidas, mesmo que em proporções diferentes das outras pessoas, sendo algumas maiores ou menores que outras. Com a maioria das pessoas isso acontece de forma rápida, reconhecendo alguma conversa, rosto ou situação específica. Mas, independente da proporção, elas se baseiam no mesmo princípio. E, para solucionar essa questão, a ciência desenvolveu testes a respeito do assunto.
Sobre o fenômeno
Os cientistas sempre buscaram uma resposta plausível para tudo, e isso não seria diferente se tratando de algo como o déjà vu. E, durante muito tempo, muitas justificativas diferentes surgiram a respeito do assunto. Algumas delas incluindo vidas pesadas e outras, até mesmo, falhas na matrix. Mas, independente da crença de cada um, a ciência também se propôs a dar sentido a esse fenômeno.
O experimento
Para estabelecer um sentido mais palpável sobre o assunto, os pesquisadores resolveram desenvolver um teste com o auxílio do ‘The Sims‘. Para que isso fosse possível, eles criaram diferentes cenários e labirintos diferentes. Sendo que, cada um deles seguia uma temática. Focando-se em um lixão ou um jardim. E, por mais que eles pareçam ser completamente opostos, algumas coisas foram dispostas de forma similar.
Isso fez com que, depois de se depararem com determinada sequência do jardim, por exemplo, as pessoas relatassem um sentimento de déjà vu. E, mesmo sabendo já ter “visto” aquilo em algum lugar, elas não eram capazes de identificar quando e onde. Depois de serem colocados nessa situação, os pesquisadores pediram aos voluntários que se conduzissem no cenário de acordo com as suas memórias, mas o sentimento de “reconhecimento” não foi capaz de ajudá-los.
Conclusão
Essa recriação permitiu que eles entendessem que, na verdade, o déjà vu permite que as pessoas reconheçam uma semelhança. Mas, isso não faz com que eles consigam visualizar exatamente como era aquele lugar ou momento que julgam ter passado anteriormente. Além disso, depois que os voluntários não conseguiram recriar o caminho “reconhecido” por eles, os pesquisadores descobriram algo importante.
Aparentemente, a sensação de que algo já aconteceu antes não é o suficiente para fazer com que você tome uma decisão a partir daquilo. Ou seja, ela não te permite “prever o futuro“, como alguns afirmavam. As colocações, assim como o estudo, foram desenvolvidos pela Universidade do Estado do Colorado e publicados na revista Psychological Science. E foi a psicóloga cognitiva e autora do projeto, Anne Cleary, quem deu depoimentos a respeito do assunto.