Para você que quer aprender como começar a investir do zero, este artigo é para você. Venha conhecer as principais dicas para iniciar de vez no mundo dos investimentos.
A Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) realizou em 2022 a quinta edição do Raio X do Investidor Brasileiro 2022. Na ocasião foram apontados que um terço da população brasileira realiza investimentos em produtos financeiros.
Todavia, de acordo com a pesquisa, o investimento “queridinho” dos brasileiros continua sendo a poupança, já que esta conta com um percentual de 23% de aplicação da população. Porém, é visível que os novos produtos financeiros, também, estão ganhando espaço no coração dos brasileiros.
A saber, em 2021, dois por cento dos investimentos realizados foram destinados a criptomoedas. Uma vez que este produto é bastante popular entre as gerações Millenials e Z. Este tipo de investimento segue em par de igualdade com títulos privados, ações e títulos públicos de acordo com o Raio X do investidor Brasileiro 2022.
Mas, como começar a investir do zero?
O primeiro passo para quem deseja investir, mas não sabe como começar a investir do zero, é identificar seus objetivos financeiros. Essa informação é crucial, pois ajudará a escolher a melhor modalidade de investimento, que pode ser em renda fixa ou variável, além dos melhores produtos disponíveis no mercado.
É fundamental conhecer o seu perfil de investidor (conservador, moderado ou arrojado) para determinar sua disposição a correr riscos. Para iniciar de maneira segura e assertiva, é recomendável realizar um teste oferecido por bancos, corretoras e outras instituições financeiras para mensurar seu perfil de investimento. Essas são as dicas da economista e CEO da DS Estratégias e Inteligência Financeira, Dirlene Silva.
Tenha um planejamento financeiro
Uma maneira eficaz de controlar suas finanças é através do mapeamento de suas entradas e saídas financeiras. Para fazer isso, você pode usar planilhas ou aplicativos em seu celular para registrar todos os seus gastos, incluindo aqueles recorrentes, como impostos e seguros.
Ao ter um controle claro de suas despesas, você poderá identificar oportunidades de economia e reduzir gastos supérfluos, o que permitirá ter mais dinheiro para investir. É importante avaliar quanto de sua renda é possível investir, sendo ideal aplicar cerca de 20% de sua renda, seguindo a regra 50-30-20.
Isso significa que 50% deve ser destinado a seus gastos essenciais e custo de vida, 30% para seu estilo de vida, como roupas e lazer, e 20% para poupança e investimentos. No entanto, é importante lembrar que cada pessoa tem sua realidade específica, e deve avaliar caso a caso, já que alguns investimentos de alto custo podem gerar dívidas, o que não é compensatório.
Conheça bem os tipos de investimentos disponíveis
De acordo com a economista, existem dois tipos de investimentos disponíveis: Renda Fixa e Renda Variável. Na modalidade Renda Fixa, o percentual de rendimento é pré-fixado, garantindo ao investidor saber previamente qual será o retorno no final do período.
Além disso, há a segurança oferecida pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Já na Renda Variável, o rendimento é variável de acordo com o índice escolhido, podendo até mesmo resultar em prejuízo. Não há garantia do FGC ou de qualquer outro órgão em relação ao retorno do valor investido.
Alguns exemplos de investimentos de Renda Fixa incluem: poupança, Tesouro Direto, Selic, CDBs, RDBs, LCAs, LCIs e fundos pré-fixados. Por outro lado, na Renda Variável, há opções como ações negociadas na Bolsa de Valores, títulos pós-fixados do Tesouro Direto, como Tesouro IPCA, Fundos Imobiliários (FIIs), Criptomoedas, Venture Capital, Private Equity, entre outros.
Inicie com investimentos de baixo risco
Apesar de não haver uma regra em que investidores iniciantes devem começar pela renda fixa, segundo economistas este é o melhor caminho para quem está iniciando na área. Isso porque, investimentos variáveis requerem do investidor sangue frio e conhecimento prévio.
Vale lembrar que, quando se inicia nos investimentos o principal objetivo é construir uma reserva de emergência, logo, os investimentos de renda fixa são, sem dúvidas, a melhor opção para isso.
Fonte: Freepik
Atente-se as taxas administrativas
A economista destaca a importância de considerar as taxas administrativas na hora de escolher um investimento. É fundamental definir o período em que o valor ficará investido e entender os diferentes tipos de custos envolvidos em cada produto.
Ela explica que a taxa de administração ou custódia é aplicada para cobrir os serviços de gestão e operação dos fundos de investimento. O valor cobrado é um percentual sobre o total investido e pode variar de acordo com a instituição e o produto escolhido.Lembre-se de estabelecer metas, estas podem ser de curto, médio ou longo prazo.
A saber, a renda variável é ideal para metas a médio e longo prazo.
Tenha uma carteira de investimentos diversificada
Investir em diferentes tipos de ativos é uma estratégia importante para obter bons retornos, independentemente das condições do mercado.
Além disso, a diversificação da carteira também ajuda a gerar um fluxo de caixa constante, ou seja, entradas recorrentes provenientes das remunerações das aplicações.
Esse dinheiro pode ser reinvestido em novos ativos ou utilizado para cobrir despesas. Lembre-se: manter uma carteira diversificada é uma excelente forma de se proteger da volatilidade do mercado.
Por fim, é importante que o investidor iniciante tenha disciplina e persistência, uma vez que investimentos, até mesmo aqueles de renda fixa e com taxas de rentabilidade considerável, não geram retornos de forma instantânea. Logo, é necessário ter paciência e não desistir dos investimentos.