Como surgiu a comemoração do aniversário?
A palavra “aniversário” vem do latim annus (ano) vertere (voltar), ou “aquilo que volta todos os anos”.
Acredita-se que no Egito e Grécia antigos, as pessoas já tinham o costume de comemorar seu nascimento a cada ano, porém a prática era reservada apenas aos nobres.
É possível que o hábito possa ter surgido em torno de 3000 a.C. Na Grécia, a Deusa da caça era homenageada com velas que enfeitavam bolos redondos feitos de mel, que simbolizavam a lua, segundo os gregos, a lua era a forma que a Deusa Artemis aparecia na natureza.
Mais tarde, a realeza de Roma também adotou a comemoração de seu aniversário, no entanto, apenas imperadores, senadores e suas famílias podiam participar da tal festa.
Por ter origem da cultura pagã, pois as velas ou tochas acesas representavam a proteção espiritual, festejar o aniversário deixou de ser um costume até o século IV, a partir daí, a Igreja começara a celebrar o nascimento de Cristo.
Na crença dos povos pagãos completar um ano a mais de vida era uma grande mudança e espíritos do mal podiam se apossar do espírito do aniversariante. Presentear era uma forma de trazer o bem e afastar o mal, fazer um pedido antes de assoprar as velas era tido com enviar um sinal aos céus.
Historiadores e pesquisadores do assunto sugerem que a solenidade começou como uma forma de proteção. Isso porque os pagãos acreditavam que espíritos malignos ameaçavam as pessoas quando elas passavam por uma grande mudança na vida, como completar mais um ano. Para proteger o aniversariante desse mal, família e amigos se reuniam para desejar coisas boas e trazer bons pensamentos.
Após o século XVIII, os alemães comemoravam a kinderfest, ou a “festa das crianças”, que celebrava o aniversário de seus pequenos.
A real origem da comemoração do aniversário ainda é desconhecida, pois não existem registros exatos de épocas longínquas, fato que torna ainda mais difícil entender a origem do ritual.