Curiosidades
Essas formigas usam métodos de tortura medieval para capturarem suas presas
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Chamadas de Azteca brevis, essas formigas foram vistas pela primeira vez em 1999, no Parque Nacional Piedras Blancas, na Costa Rica. No entanto, faz pouquíssimo tempo que suas reais características foram estudadas e divulgadas. Após pesquisadores se atentarem mais ao comportamento dos insetos, revelaram: “A descoberta foi, de fato, muito surpreendente“.
Segundo o pesquisador Markus Schmidt, da Biofaction na Áustria e um dos autores do estudo: “Foi realmente tão surpreendente que meus colegas de pesquisa voltaram à floresta para repetir o experimento antes de acreditarem plenamente. Mas essa é a marca da ciência, qualquer descoberta deve poder ser replicada por outras pessoas“.
Afinal, o que as formigas fazem?
Essas formigas usam os galhos de árvores para construir armadilhas que se parecem muito com estantes medievais de tortura. Trata-se de uma armação engenhosa e cheia de buracos, onde podem capturar insetos até 50 vezes maioresque elas. Tudo funciona de forma muito “simples”. As formigas se escondem dentro desses buracos e ficam esperando, até que algum inseto pouse sobre a armadilha. Enquanto isso, elas ficam com suas mandíbulas encaixadas na superfície do orifício.
Assim que uma vítima aparece, elas atacam em conjunto. Simultaneamente mordem a presa e a arrastam para dentro dos buracos. Nos próximos 20 minutos ou uma hora, elas trabalham para desmembrar pedaço por pedaço do pobre e inocente inseto.
“Elas prendem as extremidades desses artrópodes e puxam para trás, imobilizando a presa, que é então espalhada e depois esculpida ou puxada para dentro de uma galeria antes de ser entalhada“, afirma Alain Dejean, da Universidade de Toulouse e um dos membros do estudo. Apenas para que você tenha ideia, até gafanhotos podem cair em tal armadilha, que por sinal, são bem maiores que as formigas.
Embora seja incomum, uma característica bem parecida foi observada em outras formigas, chamadas Allomerus decemarticulatus. Elas foram identificadas em 2005, mas não parecem ser tão cruéis quanto a Azteca brevis. “Nós suspeitamos que a razão para elas desenvolverem essa estratégia, é a falta de proteínas na dieta das formigas arbóreas, uma vez que a técnica é presumivelmente uma maneira muito eficiente em termos de energia para atacar insetos maiores“, alega Schmidt.
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