A computação gráfica sempre foi um recurso muito utilizado em Hollywood, ao criar cenários e até personagens inteiros. Algo tão real nas telas pode ser fruto de uma mera programação.
Com o avanço e a democratização da tecnologia, esse recurso, antes tão reservado a elite cinematográfica, passa a ter maior acesso por diferentes tipos de usuários. Isso gera casos curiosos, como o da modelo Shudu Gram, famosa na plataforma Instagram, com um público de 144 mil seguidores, feita inteiramente em computação gráfica.
Mulher Digital
O mercado de life style nas redes sociais só cresce, com isso não é surpreendente que a falsa modelo tenha ganho tanta notoriedade. Toda a polêmica começou quando seu criador, o fotógrafo Cameron-James Wilson, de 28 anos, alegou ser o responsável pela modelo.
Ele conta que a ideia veio quando aprendia a mexer em programas para elaboração de objetos 3D, através de tutoriais no Youtube. “Shudu representa o que sempre considerei ser bonito, mas que não vejo com bastante frequência. Embora exista uma pequena mudança acontecendo recentemente, mais pessoas precisam questionar o que é realmente bonito” conta em entrevista a Isiuwa.
De acordo com o fotógrafo, sua intenção sempre foi a representatividade e a inclusão de diferentes belezas, sendo uma mensagem de empoderamento. Porém, muitos alegam que isso excluiu as reais modelos negras, desvalorizando-as em um mercado já restrito. Um dos tweets sobre o tema relata: “Um fotógrafo branco descobriu uma maneira de lucrar com as mulheres negras sem nunca ter que pagar uma”.
Wilson também consta que nunca irá usar a modelo para fins comerciais, que ela é especial “assim como milhões de homens e mulheres negros da vida real”.
Com tudo, a polêmica continua sobre o real impacto de Shudu na mídia. Com toda a acessibilidade tecnológica, casos como esse serão comuns em breve. E você, já viu um caso desses? Acha correto? Conta pra gente.