Acreditando ou não, certamente você conhece as definições de céu e inferno. O primeiro, seria a casa de Deus, local para onde todas as almas de pessoas de bem supostamente são encaminhadas. O segundo seria a casa de Satanás, também conhecido como o anti-cristo e traidor, para onde as almas pecadoras são enviadas. A grande questão é que praticamente todas as religiões de nosso mundo possuem suas próprias definições de céu e inferno.
Algumas dividem o submundo em níveis, no qual a alma ruim é enviada de acordo com a gravidade de seus pecados em Terra. Se tiver cometido atos menos desumanos, pode ficar em níveis superiores, facilitando sua saída. Caso contrário, pode ser encaminhada a níveis mais profundos, enfrentando maior sofrimento.
Niflheim
Também conhecido como “Terra do nevoeiro, onde faz muito frio”, é uma forma estranha do inferno, encontrado principalmente nas cultura germânica e nórdica. Ao contrário do que conhecemos, um lugar ardente e repleto de fogo, Niflheim seria uma passagem extremamente gelada, governada por Hel, moradia também de Nidhog… Ora visto como uma enorme serpente que se alimenta dos mortos, ora como um dragão que rói as mais profundas raízes da árvore do mundo, chamada Yggdrasil, na espera de Ragnarok. As almas levadas para tal submundo gelado, permanecem em dor constante.
Duat
Também conhecido pelo nome de “Tuat”, este seria o submundo na mitologia egípcia. Há um livro que descreve como é a jornada pelo Duat, na vida após a morte. Segundo o que pode ser encontrado em suas páginas, existe um lugar que se parece muito com a Terra, mas que também contem elementos místicos, a exemplo de uma parede de ferro e um lago de fogo.
Assim que os mortos se aproximassem de Duat, teriam que passar pelos portões de ferro e enfrentar criaturas bizarras, metade humanas e metade animais. Em seguida, seus corações seriam pesados em comparação com uma pena… Se pesassem mais que a pena, suas almas seriam devoradas por um demônio chamado Ammut. Ainda haviam aqueles que teriam que passar pela justiça de Duat, como uma espécie de purgatório. Muitos seriam obrigados a enfrentar severas punições antes de receberem o “veredito final”.
Gehenna
Originalmente, tal nome fazia referência a um vale localizado fora de Jerusalém, onde crianças eram sacrificadas por meio de incêndios. No entanto, o termo foi adotado pela interpretação hebraica sobre o inferno. Para eles, era o local para onde os pecadores eram enviados para pagar por tudo aquilo de ruim que cometeram em vida.
Esta é provavelmente, a versão que mais se assemelha ao que os cristãos acreditam sobre o submundo. Gehenna é descrito como um lugar completamente desolado e ardente em chamas, onde chove fogo e rios de metal fundido são encontrados por todas as partes.
Tuonela
Segundo a mitologia finlandesa, este seria o mundo dos mortos. Acreditava-se que todas as almas chegavam às margens do rio Tuoni, e eram conduzidas até Tuonela pela morte, chamada Tytti. Mas ao contrário do que você deve imaginar, este submundo seria uma espécie de continuação da vida na Terra, só que de forma um pouco mais sombria. Aqueles que fossem até lá deveriam levar objetos para conseguirem sobreviver.
O mais estranho de toda a definição do local, é que se os parentes em vida, tivessem vontade de visitar as almas dos entes queridos em Tuonela, seria possível. Por outro lado, a viagem seria extremamente perigosa, e em muitas vezes, mortal… Visto que seria preciso atravessar o rio Tuoni, que contava com diversas cobras venenosas. No mais, não haveria nenhum tipo de castigo no local, a não ser pela vida imunda por lá.
Tártaro
E esta seria uma forma do inferno encontrado na mitologia grega e romana. Descrito como uma profunda masmorra, cercada por dor e sofrimento… Reservado exclusivamente para as almas pecadoras. No entanto, elas apenas vão parar no submundo após serem julgadas por Rhadamanthus, um dos juízes dos mortos, com o poder de decidir a punição de cada um.
Tártaro seria cercada por um rio ardente chamado Phlegethon e por três imensas paredes. O local estaria guardado por uma criatura de nove cabeças chamada Hidra, junto a Tisiphone, um vigia e também responsável por chicotear as almas pecadoras. No poço mais profundo, poderiam ser encontrados os titãs, inimigos de deuses que foram derrotados e presos.
Naraka
Este poderia ser considerado como o inferno para algumas ramificações do hinduísmo, janismo e budismo. É descrito de formas diferentes de acordo com a religião. No entanto, uma característica que mantem em comum diz que é um local destinado ao castigo de almas, baseado em seu karma. No entanto, seria apenas um lugar temporário, mas com diferentes níveis que poderia corresponder à gravidade dos pecados cometidos em vida. Após cumprirem pena, as almas estariam livres para renascer.
Diyu
Esta é a versão japonesa do inferno, que na verdade, se parece bastante com Naraka. Também dividido em níveis, cada um deles seria comandado por um juiz, que decidiria qual a pena da alma pecadora, de acordo com as ações que praticou em vida. O nível mais profundo e o pior de todos, é chamado de Avici. Ao contrário dos outros níveis, as almas condenadas a este não possuem a menor chance de renascer, sendo obrigadas a permanecerem sob tortura e sofrimento por toda a eternidade.