O chocolate é uma das grandes paixões mundiais e não sabemos explicar porque ainda tem gente que não gosta. Qual é o seu preferido? São tantas opções que pode até ser uma decisão um pouco difícil… Talvez o melhor mesmo seja declarar todos como preferidos, não é mesmo?
Sempre surgem novidades no mercado, mas certamente esta vai deixar qualquer um com água na boca. Escuro, leite e branco, são os tipos de chocolate reconhecidos, porém, depois de um novo e excitante desenvolvimento de um fabricante de chocolate suíço, poderemos ver uma quarta variedade nas prateleiras muito em breve.
O maior processador de cacau do mundo, Barry Callebaut AG, apresentou uma nova cor natural de chocolate, sendo os primeiros desde que a Nestlé lançou o chocolate branco, há mais de 80 anos atrás. Possui uma tonalidade rosada e um sabor naturalmente frutado, e a empresa, localizada em Zurique, prefere chamá-lo de “chocolate rubi”.
Um dos objetivos do produto é aumentar as vendas no mercado global de chocolate, na expectativa de superar concorrentes como Hershey’s e até mesmo a Nestlé. Essa nova geração de chocolates foi o resultado de cerca de 10 anos de estudo dos pesquisadores da Barry Callebaut, em conjunto com a Jacobs University, situada em Bremen, na Alemanha. Para a criação do chocolate foram utilizados grãos de cacau rubi, naturais do Equador, Brasil e da Costa do Marfim.
De acordo com o que foi divulgado pela empresa, o produto final “oferece uma experiência de sabor totalmente nova, que não é amargo, leitoso ou doce, mas tem uma tensão entre frutas frescas e suavidade lustrosa“. Esperam que além do sabor único, os consumidores sejam atraídos pela cor e sua aparência extremamente sedutora.
O CEO da empresa, Antoine de Saint-Affrique, relata que os testes feitos em mercados internacionais foram um sucesso, conseguindo bons resultados até mesmo na China, onde o chocolate não tem tanto valor.
A descoberta do rubi
A possibilidade de criarem o chocolate rubi foi descoberta há cerca de 13 anos, enquanto pesquisadores da empresa estavam envolvidos em estudos com grãos de cacau, e a Universidade Jacobs contribuía com as pesquisas. De acordo com Duncan Fox, que é analista da Bloomberg Intelligence, se o gosto funciona para os consumidores, então é um excelente ramo para os fabricantes explorarem.
De acordo com o que De Saint-Affrique disse ao Bloomberg, “você poderia tentar copiar a cor e o sabor, mas fazer um chocolate real, que é apenas feito com seus ingredientes normais de chocolate, com esse gosto e com essa cor, seria extraordinariamente difícil!“. Bom, parece ser uma provocação direta aos seus concorrentes, não acha?
O desenvolvimento do chocolate se faz no momento em que ocorre um enorme excedente global, enviando frutos de cacau negociados em Londres com mais de 30% no ano passado, o que resultou em uma crise na Costa do Marfim. No início deste ano, o maior produtor reduziu o preço pago aos agricultores em cerca de 36%.
A empresa revelou seu chocolate ao mundo em um evento que aconteceu em Xangai, na China, no dia 5 de setembro. Agora estão investindo e trabalhando pesado para disponibilizá-lo para fabricantes e consumidores do mundo todo. Pode ser que dentro de pouco tempo, possamos encontrar lindos chocolates rosa nas prateleiras por aí!